sexta-feira, 20 de abril de 2007

Treino Livre do Balaio

Há uma fresca efervescência que traduz um front de batalha inicial da arte a favor da barbárie, a favor da construção de uma identidade dos povos bárbaros vindos de terras distantes chamadas Periferia. Eles treinam entre paredes esburacadas, tetos com goteiras, sol na cabaça e muita, muita poeira vermelha. São guerreiros de Domingo que saem de suas tocas escondidas pelas estradas de ferro, ruas e vielas que cortam as vilas e favelas de uma São Paulo além de seus limites territoriais. Cruzam os limites do social e rompem as barreiras do econômico pra esbarrar na criação do espaço coletivo a descoberta do próprio senso e consenso do que diz respeito essa safada palavra. Estão armados da noção de guerra pacífica e correm no contrafluxo das rotulações e prestações de contas no mundo cultuado cultural da elite do saber. É um movimento secreto, que age na escuridão e na sombra, na penumbra das vistas observadoras inimigas, nas costas dos invasores. Invadimos quietos e chegamos de fininho. O ataque é sempre uma surpresa e cheio de alegrias. E tristezas. Depende do dia. Temos cerca de AR 15 Esquetes, Granadas Musicais e algumas Minas, com variantes, pode ser Mina na Lira, no Trapézio ou no Tecido. Pode ser Mina Elástica também, se quiser atrair um publico um pouco mais venéreo. Faça sua encomenda e entregamos a barbárie no endereço registrado em nossa caixa de mensagens. Mas lembre-se, você pode receber nossa vista sem que sejamos convidados. Aí será Deus nos Acuda, sem ninguém pra assumir a responsabilidade. A única que sabemos é a da responsabilidade do movimento.

Está aberta a página para manifestações a favor, contra, ou em cima do muro a respeito das experiências do Treino Livre do Balaio.

Mande seus textos para leandro_hoehne@yahoo.com.br para que sejam postados

Sem mais.

Leandro Hoehne

Um comentário:

Ângela Garcia e Garcia disse...

Acho que devemos divulgar junto com o e-mail do Treino Livre o endereço do blog também! O que acha?

Bjos!